“O lobby da maconha”, na série do Instituto Greenwood

O lobby da maconha realiza um movimento impressionante, visando à liberação dos canábicos, com claro objetivo financeiro. Vemos frequentemente na mídia manchetes anunciando o efeito medicinal desta substância, com informações contraditórias e mentirosas. Onde está o rigor avaliativo empregado para outros fármacos? Onde está a verificação casuística séria, tão necessária para a liberação de outros remédios?”Psiquiatra Pablo Roig,CRM 24968, na série “Instituto Greenwood comenta sobre a maconha”. O doutor Pablo Roig é o Presidente do Conselho Editorial do Instituto Greenwood e fundador e Diretor da Greenwood, clínica em São Paulo, que trata dependentes de drogas e é referência para psiquiatras no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos e em Portugal.

NESTE ARTIGO, O PSIQUIATRA PABLO ROIG ALERTA:

“No momento em que a sociedade está focada na pandemia da COVID -19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA , libera a produção e comercialização de derivado da cannabis para uso medicinal e alega que não se trata de um remédio. Quanta ingenuidade… O canabidiol é usado como remédio!!!

A ciência está permanentemente procurando respostas, com a mente aberta e baseando seus conceitos em verificação científica. Já vimos, através da história, questionamentos e mudanças de orientações, sem que isto significasse uma desvalorização do procedimento científico. O desconhecimento acaba sendo um incentivo para o cientista, que o leva a uma procura de soluções. A princípio, a única motivação deste processo, é o de aumentar os recursos e o conhecimento de uma maneira clara, objetiva e desprovida de interesses espúrios.

Recentemente temos visto inúmeros discursos com objetivos claramente políticos, usando a ciência como argumento. Também vimos, já há algum tempo, o lobby da maconha, realizando um movimento impressionante, visando à liberação dos canábicos, com claro objetivo financeiro. Vemos frequentemente na mídia manchetes anunciando o efeito medicinal desta substância, com informações contraditórias e mentirosas. Chegamos a ter que suportar projetos que recomendam o plantio do vegetal, para a obtenção do óleo em forma caseira.

Onde está o rigor avaliativo empregado para outros fármacos? Onde está a verificação casuística séria, tão necessária para a liberação de outros remédios?

Não restam dúvidas de que a maconha, apesar de ser um produto de alta toxicidade, com consequências a curto e longuíssimo prazo é tratada com uma complacência incrível! Perguntem aos profissionais da área das dependências, que com raras exceções, são totalmente contrários ao uso do tóxico, pelo fato de terem que lidar com as patologias provocadas por ele. Perguntem para as famílias que têm que conviver com seus membros vítimas dos efeitos imediatos da droga e as patologias psiquiátricas associadas e provocadas por seu uso. Analisem as consequências da liberação no Uruguai, com aumento do tráfico, da violência e de patologias psiquiátricas.

Publicações chegam a recomendar uso e plantio nos tempos de quarentena

Não estou me desviando ao falar da maconha nesta manifestação, já que a liberação do canabidiol, e outras substâncias presentes na composição do produto, como o THC, é o primeiro passo para a liberação da maconha. Basta ver como a notícia foi veiculada e sua repercussão na sociedade, principalmente nos adoradores do produto. Várias publicações chegam a recomendar o uso e o plantio nos tempos de quarentena, numa atitude verdadeiramente psicótica. Como podem recomendar o uso de uma substância fumada e de absorção pelas vias respiratórias, sendo que o órgão de impacto letal para o CV-19 é o pulmão. Parece que a seita dos maconheiros não tem a capacidade de analisar causa e consequência. de maneira lógica.

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