DOENÇA MENTAL, PANDEMIA QUE PRECISA DE AÇÕES URGENTES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Artigo do psiquiatra Pablo Miguel Roig, CRM: 24968, fundador e Diretor da Clínica Greenwood , referência no tratamento de dependentes de drogas e de outras graves doenças mentais

Já expressei em publicações anteriores a minha preocupação com a situação do Brasil e de outros países em relação ao tratamento que se dá ao problema da saúde mental. Continuamos com uma visão medieval para encarar uma pandemia que atinge a todos, já que o doente mental afeta, não só a si mesmo, como a todos que participam de sua vida.

Basta ver o orçamento destinado para estas patologias, que não suporta englobar seriamente a intenção de resolver uma situação muito mais séria que a da COVID-19.

DEPENDÊNCIA DE DROGAS, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEPRESSÃO, CASOS GRAVES AUMENTANDO NO BRASIL E EM VÁRIOS PAÍSES, ALERTA A OMS -Organização Mundial da Saúde

A respeito, seria interessante lembrar que a Organização Mundial da Saúde está denunciando o aumento de situações patológicas na área mental em decorrência do sofrimento a que todos somos expostos pelo coronavírus, registrando números preocupantes de depressão, insônia, ansiedade, uso de drogas psicotóxicas, violência doméstica, irritabilidade e inquietude em crianças, etc.

EU GOSTARIA DE ME REFERIR ao tema que estudo e trato há mais de quarenta anos, que é o das adicções. Esta patologia é descuidada pelas políticas públicas desde sempre e continua sendo um tema carregado de preconceitos, onde muito se anuncia e pouco se faz.

Cracolândia da Luz, centro de SP, reúne 2 mil dependentes de drogas por dia. Em toda a cidade , são 30 mil pessoas -homens, mulheres e jovens- em cracolândias, portanto, doentes graves, em condições sub-humanas e sem tratamento que garanta recuperação

Em um trabalho anterior que denominei “OS DESCARTÁVEIS” ( https://greenwood.com.br/os-descartaveis/ ) intentei expressar minha revolta contra a indiferença da nossa sociedade e das políticas públicas em relação às CRACOLÂNDIAS. Estas comunidades doentes, perversas, agressivas e mortais, fazem parte de nossa convivência social, e reúnem números assustadores de indivíduos que vivem em forma sub-humana. Estamos falando de números que superam os 30.000 indivíduos só na cidade de São Paulo!!! SÓ lembrados em discursos políticos com promessas vazias, quando há eleições.

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