A família da mulher dependente
“Poucos são os programas de reabilitação destinados às mulheres dependentes , já que são projetados por homens e orientados para reabilitá-los, e dificilmente os programas de prevenção incluem uma mulher em seu tema. Assim, tudo tende a cronificar a posição da mulher usuária de substâncias tóxicas.” Texto do psiquiatra Pablo Miguel Roig, Presidente do Conselho Editorial do Instituto Greenwood e sócio-fundador da Clínica Greenwood, com a colaboração do psiquiatra Cirilo Liberatori Tissot e da psicanalista Raquel Ajzemberg no início do capítulo “A Família da Mulher Dependente”, no livro “Clínica e Terapêutica de Adicções, do psiquiatra argentino Eduardo Kalina.
Especialistas no tratamento de drogas, os psiquiatras Pablo Roig , Cirilo Liberatori Tissot e a psicanalista Raquel Ajzemberg explicam:
– “Os fatores de influência que observamos na mulher dependente química variam essencialmente dos verificados no homem.”
– “Um falso sentimento de proteção para com a mulher faz com que se evite dar o diagnóstico da dependência, criando um círculo de silêncio ao seu redor, retardando-se a possibilidade de indicar-lhe um tratamento adequado.”
O modelo de tratamento para mulheres dependentes descrito neste capítulo, explicam os especialista, “está baseado na experiência clínica com dezenas de pacientes e suas famílias ao longo de muitos anos de trabalho com adictos. Ao tentar descrever um tipo de sistema formador de dependência em mulheres, é claro que buscamos os pontos em comum que caracterizam tais famílias “. Mas os psiquiatras Pablo Roig, Cirilo Liberatori Tissot e a psicanalista Raquel Ajzemberg esclarecem: “Como todo modelo, está aberto para ser discutido, complementando e contestado, mas cremos que os especialistas dessa área vão encontrar muito pontos em comum com os nossos”.
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